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Como é feito o aumento de salário? 78% não souberam responder

Por: Cecília Bezerra
02 Jan 2025
14 min leitura

Recentemente, realizamos uma pesquisa aqui no blog da meutudo para entender melhor sobre como os brasileiros percebem o processo de aumento salarial.

Com a participação de muitos de nossos leitores, o levantamento trouxe um dado que pode ser preocupante: 78% dos entrevistados declararam não saber como é calculado o reajuste do salário.

Neste artigo, vamos explicar o que esse resultado pode revelar sobre o nível de informação dos trabalhadores brasileiros e apresentar outros dados da pesquisa. Continue a leitura!

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Diferentes categorias não entendem como seu reajuste anual é calculado

Os resultados da nossa pesquisa mostraram que a falta de conhecimento sobre o cálculo do reajuste salarial não se limita a um único perfil de trabalhador. Diferentes categorias apresentam dificuldades para entender como os reajustes são determinados.

A tabela abaixo detalha o percentual de entrevistados que sabem ou não como funciona o cálculo de seus reajustes anuais:

Tabela sobre Diferentes categorias de entrevistados que apresentam dificuldades para entender o cálculo do reajuste salarial

Esses dados refletem uma lacuna de informação significativa entre os diferentes grupos, reforçando a necessidade de mais transparência e comunicação sobre o tema​.

O que influencia no aumento de salário?

O aumento de salário é determinado por uma combinação de fatores que podem gerar dúvidas ou confusões entre os trabalhadores.

Desde políticas internas das empresas até aspectos econômicos mais amplos, esses elementos exercem um papel fundamental na forma como os reajustes são aplicados.

Nos próximos tópicos, vamos mostrar como regras empresariais, influências econômicas e o desempenho individual dos trabalhadores impactam diretamente o aumento salarial.

Regras das empresas para dar aumento

As empresas geralmente estabelecem critérios específicos para conceder reajustes salariais, baseados em suas políticas internas e estratégias. Os principais fatores incluem:

  • Política de cargos e salários: algumas empresas possuem tabelas salariais organizadas por nível ou tempo de casa, determinando o valor do aumento
  • Avaliações de desempenho: funcionários com desempenhos destacados ou que atingem metas estratégicas costumam ter maior chance de receber um reajuste
  • Condições financeiras da empresa: empresas em crescimento podem oferecer reajustes mais frequentes, enquanto organizações em dificuldades financeiras tendem a ser mais cautelosas

Essas práticas, no entanto, nem sempre são comunicadas de forma transparente, o que pode gerar questionamentos e frustrações por parte dos trabalhadores.

Como a economia e os reajustes coletivos influenciam?

Fatores econômicos externos têm impacto direto no aumento salarial, principalmente para trabalhadores formais. Os principais aspectos são:

  • Inflação: a variação dos preços no mercado é um fator determinante. Sem reajustes que acompanhem a inflação, os trabalhadores perdem poder de compra
  • Dissídios coletivos: negociações sindicais realizadas anualmente para proteger os trabalhadores contra perdas inflacionárias
  • Crescimento econômico ou recessão: períodos de crescimento econômico podem favorecer aumentos salariais acima da inflação, enquanto cenários de recessão limitam os reajustes

Esses fatores mostram como a economia influencia os salários de diferentes categorias, por isso é importante acompanhá-los para entender melhor os reajustes.

Trabalhadores autônomos têm alguma lei de reajuste?

Diferente dos trabalhadores com carteira assinada (CLT), os autônomos não possuem uma legislação específica que determine reajustes automáticos para seus rendimentos.

Isso significa que o aumento da renda de um trabalhador autônomo depende de fatores como o mercado, sua capacidade de negociação e os custos envolvidos em sua atividade.

Entre os aspectos mais relevantes estão:

  • Variação de preços no mercado: autônomos ajustam seus valores conforme a inflação e os custos de insumos ou ferramentas para realizar seu trabalho
  • Demanda por serviços: em períodos de alta demanda, os autônomos podem ter maior flexibilidade para reajustar seus preços. Já em períodos de baixa, manter preços competitivos pode ser uma necessidade.
  • Negociação direta com clientes: o aumento do valor cobrado pelos serviços depende da relação com os clientes e da percepção de valor do trabalho realizado

Como não há leis que regulem os reajustes, os autônomos precisam gerenciar seus rendimentos com base nas dinâmicas do mercado e na capacidade de justificar seus preços aos clientes.

Como acontece o aumento salarial dos benefícios INSS ou sociais?

O reajuste salarial dos benefícios do INSS e de programas sociais, como o Bolsa Família, segue regras específicas estabelecidas pelo Governo Federal.

Esses aumentos são calculados para garantir que aposentados, pensionistas e beneficiários de programas sociais mantenham o poder de compra, mesmo diante da inflação.

Os benefícios do INSS, como aposentadorias e pensões, são reajustados anualmente de acordo com:

  • O salário mínimo, para quem recebe valores equivalentes a ele.
  • O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), no caso de beneficiários que recebem acima do mínimo, refletindo a inflação acumulada no ano anterior.

O Benefício de Prestação Continuada (BPC) também está atrelado ao valor do salário mínimo. Isso significa que, sempre que o mínimo é ajustado, o benefício acompanha a alteração.

Já no caso do Bolsa Família, o reajuste depende de decisões políticas e não segue uma regra fixa.

O aumento é decidido pelo Governo Federal, considerando a inflação e a necessidade de ampliar o alcance do benefício para garantir as condições básicas de vida dos beneficiários.

Esses reajustes são fundamentais para proteger a renda de milhões de brasileiros, na tentativa de que possam lidar com as mudanças econômicas do país.

Passo a passo para entender o cálculo do aumento

Compreender como o reajuste salarial é calculado pode ajudar trabalhadores e beneficiários a avaliar se os valores recebidos são justos.

Neste tópico, vamos explicar como são definidos os reajustes do salário mínimo e para aqueles que recebem acima desse valor. Confira!

Como é calculado o aumento do salário mínimo

O aumento do salário mínimo no Brasil é estabelecido pelo Governo Federal e considera uma combinação de fatores econômicos e políticos.

Entre os principais elementos considerados estão:

  • Inflação acumulada: o INPC é utilizado para ajustar o salário mínimo à alta dos preços, garantindo que ele mantenha o poder de compra
  • Crescimento do Produto Interno Bruto (PIB): em algumas políticas, o governo utiliza o PIB como base para aumentar o salário mínimo além da inflação
  • Decisões políticas: o governo pode decidir por reajustes maiores ou menores, dependendo de sua estratégia econômica e fiscal

Além disso, a nossa pesquisa mostrou expectativas distintas para o salário mínimo de 2025. Abaixo está um gráfico que apresenta essas projeções feitas pelos participantes:

Gráfico com "Qual expectativa dos brasileiros em relação ao alor do salário mínimo 2025?"

A maior parte dos entrevistados (31%) acredita que o salário mínimo ficará entre R$ 1.500,00 e R$ 1.700,00, enquanto 23% esperam valores acima de R$ 2.100,00.

Esses números refletem diferentes percepções sobre o cenário econômico futuro​.

Cálculo para quem recebe acima do salário mínimo

Quem recebe valores acima do salário mínimo, seja aposentado ou trabalhador, tem seus reajustes definidos de forma diferente. Para esses casos:

  • Beneficiários do INSS: o reajuste é calculado com base no INPC, refletindo a inflação acumulada no ano anterior. Isso garante que o poder de compra não seja reduzido, mesmo para quem não está vinculado diretamente ao salário mínimo
  • Trabalhadores: o aumento salarial para quem recebe acima do mínimo depende das negociações entre sindicatos e empregadores (no caso de CLT) ou de decisões individuais em acordos privados

Embora os índices sejam utilizados como referência, o percentual final pode variar de acordo com as negociações e a situação econômica da empresa ou setor.

Por que muita gente não entende como é feito o cálculo?

Apesar de o reajuste salarial ser um tema recorrente, muitos trabalhadores e beneficiários encontram dificuldades para compreender como ele é calculado.

Isso se deve a diversos fatores, como a falta de transparência das empresas, o uso de termos técnicos e a ausência de informações claras sobre os direitos dos trabalhadores.

Nos próximos tópicos, vamos explicar melhor cada um desses aspectos. Confira!

Falta de clareza das empresas

A falta de transparência na comunicação das empresas é um dos principais motivos para o desconhecimento dos trabalhadores sobre o cálculo do reajuste salarial.

Muitas organizações não detalham os critérios adotados, o que pode gerar dúvidas, como:

  • Quais fatores econômicos foram considerados?
  • Como o desempenho do funcionário impacta no reajuste?
  • O reajuste foi proporcional à inflação?

Além disso, em muitos casos, os trabalhadores só recebem a informação de que houve um reajuste, sem acesso a explicações mais aprofundadas sobre como o valor foi calculado.

Dificuldade de entender termos econômicos

Outro obstáculo é a complexidade dos termos utilizados no processo de reajuste. Muitos trabalhadores têm dificuldade em entender conceitos como:

  • INPC: utilizado para medir a inflação e ajustar salários
  • Aumento real e reajuste: enquanto o reajuste compensa a inflação, o aumento real representa um ganho efetivo no poder de compra

Essa linguagem técnica nem sempre é explicada de forma acessível, o que acaba criando uma barreira para que os trabalhadores avaliem se o reajuste recebido foi justo.

Falta de informação sobre os direitos do trabalhador e beneficiários

Por fim, muitos trabalhadores e beneficiários desconhecem seus direitos no que diz respeito aos reajustes salariais. Por exemplo:

  • Trabalhadores CLT têm direito ao dissídio coletivo, que negocia os reajustes com base na inflação
  • Beneficiários do INSS recebem ajustes atrelados ao INPC ou ao salário mínimo

A falta de acesso a conteúdos explicativos, seja por parte de empresas, sindicatos ou órgãos governamentais, contribui para que muitos aceitem valores sem questionar ou compreender o que é devido.

O aumento salarial compensa a inflação?

Depende. Em muitos casos, o aumento salarial não é suficiente para acompanhar a inflação e manter o poder de compra, pois os reajustes geralmente se baseiam no INPC, que pode não refletir a alta real dos preços.

A inflação afeta diretamente o custo de vida, impactando itens essenciais como moradia, alimentação e saúde.

Assim, mesmo com um aumento, o poder de compra pode ser reduzido se os preços subirem mais rápido que os salários.

De acordo com nossa pesquisa, os participantes têm percepções variadas sobre o valor mínimo necessário para viver no Brasil, como ilustrado no gráfico abaixo.

Gráfico da opinião dos brasileiros sobre qual deveria ser o valor mínimo para viver com o básico no país

Além disso, os dados coletados sugerem que os participantes da pesquisa identificaram os principais gastos que precisam ser cobertos para atender ao custo de vida.

O gráfico abaixo mostra essa distribuição:

Gráfico sobre quais são os principais gastos que devem ser cobertos com o valor mínimo para viver com o básico no Brasil

Esses dados afirmam que, mesmo com os reajustes salariais, a inflação pode reduzir o poder de compra.

Isso reforça a necessidade de reajustes que não só acompanhem a inflação, mas também ofereçam aumentos reais no salário dos trabalhadores.

Ganhos extras proporcionados pelo reajuste salarial

O reajuste salarial pode representar mais do que a simples reposição da inflação para muitos trabalhadores, dependendo dos benefícios adicionais e direitos que acompanham o aumento.

Ele também proporciona ganhos extras em diversos benefícios e direitos trabalhistas, permitindo que os trabalhadores ampliem sua capacidade financeira em diferentes áreas.

Nos próximos tópicos, vamos detalhar alguns desses ganhos extras proporcionados pelo reajuste salarial.

Acréscimo da margem consignável para aposentados e pensionistas

Com o aumento do salário mínimo, aposentados e pensionistas também podem observar mudanças positivas em sua margem consignável.

Esse termo se refere ao limite do salário ou benefício que pode ser comprometido com parcelas de Empréstimos Consignados, fixado em até 35% do valor recebido mensalmente.

Além disso, há uma margem adicional de 5% para Cartão de crédito consignado e 5% para Cartão benefício consignado.

De acordo com os dados da nossa pesquisa, 18% dos entrevistados não sabiam que o aumento do salário mínimo impacta diretamente a margem consignável, como demonstrado no gráfico abaixo:

Gráfico sobre o conhecimento da população sore o impacto que o salário mínimo tem na margem consignável do INSS

Quando o salário mínimo é reajustado, o valor do benefício cresce, ajustando proporcionalmente o limite da margem consignável.

Isso permite que os beneficiários tenham acesso a:

  • Mais recursos financeiros, com um maior valor disponível para contratar novos empréstimos ou renegociar dívidas.
  • Maior flexibilidade para lidar com emergências ou financiar projetos pessoais, como reformas ou aquisição de bens.

Pensando em facilitar esse período, aqui na meutudo, durante o fim do ano, disponibilizamos a possibilidade de pré-contratação de Empréstimos consignados com base no aumento esperado do salário mínimo no ano seguinte.

A pré-contratação garante a liberação do dinheiro com menos burocracia no início do ano, quando os benefícios e a margem consignável são atualizados pelo INSS.

Com essa opção, você pode planejar melhor o uso do crédito, aproveitando o aumento da margem de forma responsável e estratégica.

Aumento no depósito mensal do FGTS

O aumento salarial não impacta apenas o valor recebido pelos trabalhadores, mas também outros benefícios trabalhistas, como o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

O FGTS conta com depósitos mensais que equivalem a 8% do salário bruto, feitos pela empresa em uma conta vinculada ao empregado.

Com o reajuste salarial, o valor depositado mensalmente no FGTS também aumenta, trazendo vantagens como:

  • Construção de uma reserva maior: o trabalhador pode acumular mais dinheiro em seu FGTS, útil para diversas situações, como compra de imóveis ou aposentadoria
  • Maior rendimento: como o saldo do FGTS é corrigido anualmente, depósitos maiores aumentam os ganhos acumulados ao longo do tempo

Para quem opta pela modalidade de Saque-Aniversário, o aumento no salário reflete diretamente no valor disponível para saque anual, permitindo maior flexibilidade financeira.

Pensando em facilitar o acesso a esse dinheiro, aqui na meutudo, oferecemos a possibilidade de Antecipação do saque-aniversário do FGTS. Com essa opção:

  • Você pode antecipar o equivalente a até 12 anos de saque-aniversário
  • O dinheiro é liberado na sua conta entre 10 minutos e 24 horas úteis
  • A contratação é 100% online, feita pelo nosso site ou aplicativo gratuito
  • O empréstimo é pago com o saldo do FGTS, sem comprometer sua renda mensal

Essa é uma excelente alternativa para quem deseja acessar os valores disponíveis no FGTS de forma rápida e prática, principalmente em emergência ou para dar conta de planos pessoais.

Em caso de dúvidas sobre a Antecipação do saque-aniversário, você pode contar com nossa equipe de especialistas, disponíveis no chat do nosso site ou aplicativo.

Décimo terceiro salário maior no final de ano

O aumento salarial também reflete diretamente no valor do décimo terceiro salário, um dos benefícios mais aguardados pelos trabalhadores formais no final do ano.

Esse pagamento extra, calculado com base no salário mensal, é ajustado automaticamente sempre que há um reajuste no salário.

Por exemplo, considerando o salário mínimo de 2024, fixado em R$ 1.412,00, o valor do décimo terceiro salário seria o mesmo.

Com o aumento para $$previsaominimo2025$$ em 2025, o décimo terceiro também será reajustado para refletir o novo valor, garantindo mais dinheiro ao trabalhador.

Esse dinheiro extra pode ser usado de várias formas, como:

  • Quitação de dívidas ou redução de pendências financeiras
  • Planejamento de gastos com compras ou lazer no final do ano
  • Formação de uma reserva financeira para emergências ou objetivos futuros

O décimo terceiro salário é um dos benefícios que mais impacta positivamente o orçamento dos trabalhadores, especialmente no final do ano, quando os gastos costumam ser maiores.

Usar esse dinheiro de forma estratégica pode trazer mais segurança e tranquilidade financeira.

Por fim, em nossa pesquisa foi possível observar a diferente realidade entre os trabalhadores e como é importante se manter informado sobre o impacto do salário mínimo nos benefícios e direitos trabalhistas.

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Cecília Bezerra Cecília Bezerra

Cecília é graduanda em Letras e apaixonada por produção de conteúdo. Iniciou na meutudo como Customer Success, onde desenvolveu grande afinidade com o mercado de crédito no Brasil, e agora faz parte do nosso time de SEO & Conteúdo. Mãe de gato, ama estar com os amigos, ver filmes e ir a praia em seu tempo livre.

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