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Quem é portador de autismo aposenta? A partir de qual grau?

Por: Lisandra Pinheiro
26 Jul 2024
9 min leitura

A aposentadoria para portadores do Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um tema de grande relevância e complexidade, especialmente na atualidade, onde a condição vem sendo mais analisada e compreendida pelos especialistas.

Muitas famílias e pessoas diagnosticadas com autismo têm dúvidas sobre os direitos previdenciários e os procedimentos para obter benefícios.

Neste artigo, vamos explicar se quem é portador de autismo aposenta e quais são os benefícios que os portadores conseguem junto ao INSS. Confira mais detalhes a seguir.

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O que é pessoa com espectro autismo?

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição neurológica que afeta a comunicação, o comportamento e a interação social.

O termo “espectro” é utilizado porque o autismo apresenta grande diversidade de sintomas e habilidades que variam significativamente entre os indivíduos.

Pessoas com autismo podem apresentar desde leves dificuldades até necessidades intensivas de suporte.

Saiba mais: Pessoas com Espectro Autista têm direito ao salário mínimo mensal

O diagnóstico é baseado em critérios clínicos definidos por manuais internacionais como o DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais).

Os principais sinais incluem dificuldades na comunicação verbal e não verbal, padrões de comportamento repetitivos e interesses restritos.

Quais os graus de autismo?

O autismo é classificado em diferentes graus de acordo com a severidade dos sintomas e o nível de suporte necessário:

  • Autismo nível 1 (Leve)

Pessoas com autismo leve podem levar uma vida relativamente independente, mas ainda podem apresentar dificuldades em interações sociais e comunicação. Podem precisar de algum suporte em situações sociais complexas ou para organizar atividades diárias.

  • Autismo nível 2 (Moderado)

Indivíduos com autismo moderado precisam de suporte significativo para lidar com situações do dia a dia. Apresentam maiores dificuldades na comunicação e podem ter comportamentos repetitivos que interferem nas atividades cotidianas.

  • Autismo nível 3 (Grave)

É o grau mais severo de autismo, onde os indivíduos precisam de suporte intenso. As dificuldades de comunicação são profundas e os comportamentos repetitivos são muito limitantes, afetando significativamente a capacidade de realização de tarefas básicas.

Quem tem autismo se aposenta?

Sim, o autismo aposenta pessoas que têm o transtorno a depender do nível da condição. Pessoas com autismo também podem pedir o Benefício de Prestação Continuada (BPC) do INSS, que funciona, em muitos aspectos, de forma similar a uma aposentadoria.

Para fins previdenciários, o autismo também é considerado um tipo de deficiência, desta forma, também é possível conseguir a aposentadoria da pessoa com deficiência.

A aposentadoria para pessoas com autismo não é automática e depende de uma avaliação criteriosa pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

A concessão do benefício é baseada na gravidade do transtorno e na incapacidade para o trabalho, além de outros critérios que devem ser cumpridos, como idade e tempo de contribuição, variáveis conforme os níveis.

Ao se aposentar ou ter o BPC concedido, após três meses de recebimento do benefício, esses beneficiários podem desbloquear seu seguro para contratar crédito Consignado.

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Qual grau de autismo aposenta?

Afinal, qual grau de autismo aposenta? A aposentadoria para pessoas com autismo é geralmente concedida para aqueles que têm um grau de autismo que os impede de realizar atividades laborais.

Isso significa que, normalmente, são considerados os casos de autismo moderado a grave. 

Pessoas com autismo leve podem ter mais dificuldade em conseguir a aposentadoria, exceto se conseguirem comprovar que o transtorno afeta significativamente sua capacidade de trabalho.

Confira os graus de autismo que aposentam:

Aposentadoria por tempo de contribuição para pessoa com deficiência
GêneroLeveModeradoGrave
Mulher28 anos de contribuição24 anos de contribuição20 anos de contribuição
Homem33 anos de contribuição29 anos de contribuição25 anos de contribuição

Mas, vale ressaltar que cada caso é diferente, por isso, é necessário ter sua condição avaliada pela Previdência Social.

A avaliação é feita através de uma perícia médica no INSS, que verifica a incapacidade de realizar tarefas diárias e profissionais.

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Como é a perícia do INSS para quem tem autismo?

A perícia médica do INSS é um procedimento em que o perito médico do INSS examina as condições de saúde do solicitante do benefício previdenciário ou assistencial, para aprovar ou indeferir sua concessão.

Para os portadores de autismo, a perícia inclui as seguintes etapas:

  • Avaliação médica: o médico perito examina a documentação médica, incluindo relatórios e exames que comprovem o diagnóstico de autismo e a severidade dos sintomas.
  • Entrevista clínica: o perito conversa com o paciente e, se necessário, com familiares ou cuidadores, para entender melhor as dificuldades enfrentadas no dia a dia por conta destes
  • Avaliação funcional: analisa a capacidade do indivíduo para realizar atividades diárias e profissionais. Isso pode incluir testes específicos para medir habilidades cognitivas e motoras.

Entenda: Passo a passo para consultar BPC pelo seu CPF

É importante levar todos os documentos médicos atualizados e completos para a perícia, incluindo laudos de especialistas, exames e relatórios de terapias.

A inclusão dessas documentações irá facilitar a análise do perito, ajudando a comprovar a condição e simplificar a aprovação do benefício solicitado.

Valor da aposentadoria para portador de espectro do autismo

O valor da aposentadoria para uma pessoa com autismo é calculado com base nas contribuições feitas ao INSS ao longo do tempo e no tipo de benefício solicitado.

Existem três principais tipos de aposentadoria que podem ser requeridos:

  • Aposentadoria da pessoa com deficiência: possui critérios de idade e tempo de contribuição mínimos, menores do que os das aposentadorias usuais. (Confira a tabela no tópico “Qual grau de autismo aposenta?”)
  • Aposentadoria por invalidez: será concedida quando o indivíduo é considerado incapaz de trabalhar devido ao autismo. O valor é calculado com base na média das contribuições e pode chegar ao salário integral de contribuição.
  • Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS): não é uma aposentadoria, mas um benefício assistencial. Possui o valor fixo de um salário mínimo mensal para pessoas com deficiência (incluindo autismo) que comprovem não possuir meios de prover o próprio sustento.

Benefícios do INSS para quem tem espectro do autismo

Além das aposentadorias por invalidez e da pessoa com deficiência, e do BPC/LOAS, existem outros benefícios que pessoas com autismo podem conseguir:

  • Auxílio-doença: pode ser solicitado em casos onde o autismo, temporariamente, impede o trabalho. Requer a comprovação da incapacidade temporária (superior a 15 dias corridos) através de perícia médica.
  • Salário-família: pago aos trabalhadores de baixa renda que tenham filhos com deficiência, incluindo autismo.

Confira: Meu filho recebe o benefício do BPC, eu posso trabalhar?

BPC LOAS para pessoas com espectro do autismo

O BPC, também conhecido como LOAS (Lei Orgânica da Assistência Social), é um benefício assistencial que concede um salário mínimo (em 2024, R$ 1.412,00) às pessoas com deficiência e idosos acima de 65 anos que comprovem baixa renda.

Para pessoas com autismo, o BPC é uma importante fonte de renda, especialmente quando o autismo severo impede a inclusão no mercado de trabalho.

Para solicitar o BPC, é necessário:

  • Comprovar a deficiência através de laudos médicos e perícia médica, que demonstrem o diagnóstico de autismo e a severidade dos sintomas.
  • Comprovar a baixa renda: a renda familiar por pessoa máxima deve ser de ¼ do salário mínimo (em 2024, ¼ do salário mínimo é de R$ 353,00).
  • Inscrição no CadÚnico: a família deve estar devidamente cadastrada no CadÚnico. A inscrição é realizada pelo responsável da família, em unidades do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS).
  • Passar pela avaliação social: uma assistente social do INSS faz uma visita domiciliar para avaliar as condições socioeconômicas da família.
  • Solicitar o BPC: a solicitação do BPC é feita pelo titular ou seu responsável, podendo ser feita pelo site ou aplicativo Meu INSS, ou pelo telefone 135.

Entender os direitos previdenciários e assistenciais das pessoas com autismo é fundamental para garantir a qualidade de vida e o suporte necessário para essas famílias.

O processo pode parecer complexo, mas com a documentação correta e o entendimento dos critérios, é possível ter acesso aos benefícios disponíveis com agilidade.

Se você tem dúvidas ou precisa de ajuda, considere procurar orientação de um advogado especializado em direito previdenciário.

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FAQ

Perguntas frequentes

Autismo leve aposenta?

Pessoas com autismo leve podem ter dificuldade em conseguir aposentadoria, exceto se comprovarem incapacidade para o trabalho.

Qual o valor da aposentadoria para quem tem autismo?

O valor varia, podendo ser a média das contribuições no caso de aposentadoria por invalidez, ou um salário mínimo no caso do BPC/LOAS.

Mãe de autista pode se aposentar?

Sim, em alguns casos, mães de autistas podem se aposentar mais cedo, especialmente se comprovarem a necessidade de cuidados constantes.

Quem é autista se aposenta?

Sim, mas a concessão da aposentadoria depende da avaliação da incapacidade para o trabalho e do grau de autismo. Também é possível conseguir a aposentadoria da pessoa com deficiência, ao completar uma quantidade específica de anos de contribuição.

Lisandra Pinheiro Lisandra Pinheiro

Lis é graduanda em letras, apaixonada por arte em todas as formas, especialmente por leitura e escrita. Iniciou na meutudo como analista de Customer Experience, onde aprendeu muito sobre o mercado de crédito e agora aplica esses conhecimentos como copywriter na área de SEO. Nas horas vagas, adora apreciar um cafezinho e um bom livro.

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