Banco Central aponta alta de 450,5% ao ano no rotativo do cartão de crédito

A taxa de juros do cartão de crédito no rotativo alcançou 450,5% ao ano em dezembro de 2024, conforme dados do Banco Central. Este é o maior patamar desde maio de 2023, quando os juros chegaram a 454% ao ano.

A alta reflete um aumento de 4,7 pontos percentuais em relação ao índice de novembro, que registrou 445,8%. 

Essa elevação acentua o custo do crédito para consumidores que optam pelo rotativo, reforçando a necessidade de cautela financeira.

Descubra como o crédito rotativo do cartão se tornou mais caro e o que fazer para pagar menos nas faturas do seu cartão.

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Crédito rotativo e sua alta expressiva

O crédito rotativo é acionado quando o cliente não paga o valor total da fatura do cartão de crédito até a data de vencimento, optando por pagar apenas o mínimo ou uma parte do valor devido. 

Essa modalidade, no entanto, possui as taxas de juros mais elevadas do mercado brasileiro, refletindo o alto risco de inadimplência.

Segundo o Banco Central, a política de renegociação obrigatória implementada em 2017 busca reduzir o impacto dos juros no rotativo. 

Caso o cliente não consiga pagar o saldo total em até 30 dias, o banco é obrigado a oferecer parcelamento ou uma alternativa de quitação com juros mais baixos. 

Apesar disso, o custo do rotativo continua sendo um desafio para a sustentabilidade financeira de muitos consumidores.

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Queda nos juros do parcelado

Enquanto os juros do rotativo subiram, o parcelamento do cartão de crédito apresentou uma redução no mês de dezembro. A taxa anual caiu de 183,2% para 171,2%. 

Essa queda indica um alívio para consumidores que buscam alternativas de pagamento mais viáveis e previsíveis.

Apesar de menos caro que o rotativo, o parcelamento também requer planejamento financeiro. 

É importante que os consumidores avaliem as condições do parcelamento, como número de parcelas e o impacto no orçamento mensal, para evitar novos endividamentos.

Cheque especial mantém alta pressão

Outra modalidade de crédito que continua impactando o orçamento das famílias é o cheque especial. 

Em dezembro, os juros anuais ficaram em 136%, apresentando uma leve queda em relação aos 138,2% registrados no mês anterior. 

Embora essa redução seja positiva, o cheque especial ainda é uma das opções de crédito mais caras do mercado.

Especialistas recomendam que o cheque especial seja utilizado apenas em situações emergenciais, e por um período curto de tempo.

Entenda: O que é taxa de juros?

Alternativas como crédito pessoal ou renegociação direta com o banco podem oferecer condições mais vantajosas.

Impacto para o consumidor e recomendações

Com a alta dos juros, os consumidores precisam redobrar a atenção ao utilizarem o crédito rotativo ou o cheque especial. 

Especialistas sugerem evitar o uso dessas modalidades sempre que possível, priorizando o pagamento integral das faturas ou a renegociação de dívidas.

Além disso, é essencial organizar as finanças pessoais, estabelecendo um planejamento que permita prever despesas e evitar o acúmulo de débitos. 

Comparar as taxas de diferentes instituições financeiras também pode ajudar a encontrar alternativas mais acessíveis.

Saiba mais: Como funciona a fatura do cartão de crédito?

Cenário econômico e os juros elevados

A alta nos juros do cartão de crédito está diretamente ligada à política monetária do Banco Central, que mantém a taxa Selic elevada, atualmente em 13,75% ao ano. 

Essa medida pretende controlar a inflação, mas também aumenta o custo do crédito, dificultando o acesso de consumidores e empresas a financiamentos.

Com o cenário de juros altos, o crédito no Brasil se torna um desafio, especialmente para famílias de baixa renda, que frequentemente recorrem ao rotativo ou ao cheque especial para cobrir despesas básicas. 

Nesse contexto, medidas de educação financeira e políticas públicas para renegociação de dívidas são fundamentais para mitigar os efeitos da crise.

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