O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou um novo modelo de consignado privado voltado para trabalhadores do setor privado.
A proposta busca ampliar o acesso ao crédito com juros reduzidos, possibilitando descontos diretamente na folha de pagamento.
Continue lendo para entender como isso pode impactar a vida dos trabalhadores de carteira assinada e outros detalhes sobre o novo tipo de crédito.
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Produto | Taxa a partir de | Pagamento | |
Empréstimo Consignado | 1,51% a.m | 6 a 96 parcelas | |
Antecipação Saque-aniversário | 1,29% a.m | antecipe a partir de R$50 | |
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O que você vai ler neste artigo:
Após reunião com o presidente Lula e representantes dos principais bancos do país, Haddad confirmou que a regulamentação do novo consignado privado será enviada ao Congresso em fevereiro.
A expectativa é que a modalidade se torne uma alternativa acessível para milhões de trabalhadores celetistas.
O novo consignado permitirá descontos de até 30% do salário e 10% do saldo do FGTS. O governo pretende criar uma plataforma digital para viabilizar o acesso ao crédito e aumentar a concorrência entre os bancos.
Atualmente, o empréstimo consignado é mais comum entre servidores públicos e aposentados do INSS, devido à segurança do pagamento direto em folha.
A proposta do governo amplia esse acesso para trabalhadores CLT, tornando os custos do empréstimo mais baratos.
Com a nova regra, qualquer banco poderá oferecer a modalidade, e os trabalhadores poderão comparar taxas pelo eSocial.
Isso aumenta a concorrência entre as instituições financeiras, reduzindo as taxas de juros cobradas no consignado privado.
Além disso, o trabalhador poderá manter o empréstimo mesmo ao mudar de emprego. Essa mudança reduz o risco para os bancos e facilita o acesso ao crédito para quem não possui convênios específicos com instituições financeiras.
A previsão do governo é que o novo sistema esteja operacional ainda em 2025. A expectativa é que o saldo total de consignados no setor privado triplique nos próximos anos.
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Um dos pontos mais debatidos na proposta é a possibilidade de uso do FGTS como garantia do novo consignado privado.
Inicialmente, o Ministério da Fazenda defendia a liberação de uma parte maior do saldo do FGTS para reduzir os juros.
Porém, o Ministério do Trabalho e setores como o imobiliário e de saneamento foram contra a ideia. Eles argumentam que o FGTS é importante para financiar habitação e infraestrutura, e seu uso no consignado pode prejudicar esses investimentos.
Por enquanto, a proposta mantém o limite de uso do FGTS em 10%. Mas ainda existem discussões sobre um possível ajuste no futuro, dependendo do impacto econômico da medida.
O setor bancário vê o novo consignado privado como uma grande oportunidade. Atualmente, o crédito para trabalhadores CLT gira em torno de R$ 40 bilhões. Com a nova regra, a expectativa é que esse valor triplique, alcançando até R$ 130 bilhões.
A FEBRABAN defende que a nova plataforma do eSocial ajudará os bancos a analisar o risco de crédito dos trabalhadores, permitindo ofertas mais competitivas.
O uso dessa ferramenta deve reduzir a inadimplência e, consequentemente, as taxas de juros aplicadas. Mas, os bancos não querem um teto de juros fixado pelo governo, como ocorre no consignado do INSS.
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Eles argumentam que a concorrência natural e o acesso a dados confiáveis garantirão melhores condições aos trabalhadores.
Embora o governo esteja estruturando a base do novo consignado privado, os bancos terão autonomia para definir os critérios de concessão.
Cada instituição financeira poderá estabelecer suas próprias regras de análise de risco, conforme política interna. Haddad explicou que o eSocial será a principal ferramenta para garantir transparência no processo.
Por meio dele, os bancos poderão verificar informações trabalhistas e salariais dos clientes, ajustando suas ofertas de crédito.
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A expectativa é que essa nova estrutura reduza os juros cobrados atualmente. Segundo Haddad, a meta é atingir uma taxa próxima de 1% ao mês, tornando o crédito mais acessível e seguro para milhões de brasileiros.
A reformulação do consignado privado para trabalhadores pode transformar o acesso ao crédito no Brasil, a nova modalidade segue para análise do Congresso e, se aprovada, pode beneficiar milhões de pessoas.
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Todos os trabalhadores com carteira assinada (CLT) poderão solicitar o novo consignado privado, independentemente do banco com o qual a empresa tem convênio.
O Governo Federal pretende enviar a proposta do consignado privado ao Congresso em fevereiro de 2025. Se aprovada, a implementação pode ocorrer ainda este ano.
Sim, o FGTS poderá ser usado como garantia no consignado privado, mas com um limite de 10% do saldo do FGTS. O governo debate a possibilidade de ampliar esse percentual no futuro.
Através do eSocial, plataforma do governo onde será possível visualizar e comparar as taxas do consignado privado oferecidas por diferentes bancos.
Não existe um teto de juros fixado para o consignado privado, mas a concorrência entre bancos e a análise de risco via eSocial devem reduzir as taxas para os trabalhadores.